Ansiedade: conheça os principais sintomas, causas e tratamentos

O que é ansiedade

Neste texto, vamos falar sobre a ansiedade, afinal, muitas pessoas apresentam sofrimento relacionado a ela. Você vai conhecer os principais sintomas e entender quando a ansiedade se torna prejudicial.

Vamos também abordar suas principais causas, fatores de risco e proteção.

Além disso, você vai conhecer os principais tipos de tratamento para a ansiedade.

Então, vamos lá?

O que é Ansiedade?

ansiedade

Primeiramente, é preciso entender o que é a ansiedade. Ela é uma reação natural e esperada diante de situações novas, desconhecidas ou que podem constituir uma ameaça.

Assim, todas as pessoas estão sujeitas a experimentá-la de tempos em tempos, de acordo com a situação.

A exemplo, pode ser por uma notícia na TV ou uma entrevista de emprego. Ainda, uma apresentação em público ou um encontro amoroso.

Em situações como estas, qualquer pessoa pode se sentir ansiosa. E logo surgem sintomas como “borboletas na barriga”, nervosismo e desconforto. 

Quem não já passou por isso?

Geralmente, a ansiedade se manifesta como uma sensação difusa e vaga de apreensão e desconforto. Refere-se a uma experiência que ainda está por acontecer.

É também acompanhada por sintomas físicos como palpitações, aperto no peito, transpiração e desconforto abdominal.

Ao contrário do medo, reação a situações concretas, a ansiedade é um mecanismo de antecipação de acontecimentos futuros.

Desta maneira, ela pode tanto ser benéfica quanto prejudicial. E isso dependente das circunstâncias em que aparece, também de sua intensidade e persistência.

Quando proporcional à situação e vivenciada de forma pontual, tem a função de nos preparar para a ação.

Como a Ansiedade Funciona?

Quando estamos em situação de risco, nosso corpo tenta se preparar para responder à situação.

Assim, ativa um sistema conhecido por “luta ou fuga”.

Nele, o sistema nervoso autônomo, então, libera substâncias para ajudar o corpo a se preparar para lutar ou fugir.

Este é, na verdade, um mecanismo herdado evolutivamente e se relaciona com nossa sobrevivência.

Por isso, quando pontual e proporcional à situação, a ansiedade tem uma função de proteção.

Pode fazer, por exemplo, que uma pessoa enfrente um evento de maior risco com preparação e maior cautela.

Ansiedade é doença?

Normalmente, as pessoas associam a ansiedade a algo negativo, mas não é bem assim.

Ela tem seu papel e sua função em nossas vidas.

Como alerta a The British Psychological Society, a ansiedade, embora desagradável, é parte normal da vida. E pode, portanto, nos afetar de maneiras e em momentos diferentes.

Quando pontual, ela tende a impulsionar para uma preparação frente a situações específicas.

Isso ocorre devido ao maior estado de alerta que produz.

Exemplos de ansiedade normal

Como exemplos, podemos citar situações como a de uma entrevista de emprego, uma apresentação em público ou o primeiro dia na nova escola.

Em situações como estas, é comum que as pessoas sintam algum grau de ansiedade. Isso não significa que trará maiores prejuízos para o dia a dia.

Assim, a ansiedade funciona como um mecanismo de preparação e proteção diante de situação específicas.

Trata-se de uma reação esperada frente a uma situação desconhecida e que, portanto, tende a provocar um estado de maior apreensão.

Neste caso, ela é pontual e não traz maiores prejuízos. Quando a situação termina, então, a ansiedade tende a retroceder.

Sintomas de Ansiedade

Ansiedade sintomas

A ansiedade pode causar uma variedade de sintomas.

Desta forma, ela pode afetar como você se sente física e mentalmente. Além disso, também pode afetar a maneira como se comporta.

Mas nem sempre é fácil reconhecer que este seja o motivo pelo qual você está se sentindo ou agindo de forma diferente.

Por isso, é importante aprender a identificar os sinais e sintomas de ansiedade. Certamente, é um primeiro passo para identificá-la e desenvolver estratégias mais saudáveis para lidar com ela.

Sintomas Físicos de Ansiedade

Como veremos a seguir, existe uma variedade de sintomas físicos de ansiedade.

Entre eles, estão: batimento cardíaco acelerado, irregular ou mais perceptível, respiração ofegante. Também falta de ar, sudorese e boca seca.

Acrescenta-se ainda tensão muscular, tremores, tontura, dor de cabeça e dor no peito. Além disso, perda de apetite, náusea, diarreia, sensação de fraqueza ou cansaço.

Contudo, não significa que as pessoas com ansiedade apresentem todos estes sintomas. Na verdade, apresentam um conjunto de alguns deles e isso varia caso a caso.

Sintomas Psicológicos de Ansiedade

Assim como os sintomas físicos de ansiedade, existe também uma série de sintomas psicológicos a ela relacionados.

Entre eles, pensamento acelerado, irritabilidade e nervosismo. Ainda sensação persistente de apreensão, preocupação excessiva e pensamentos frequentes de perigo.

Adicionalmente, falta de concentração, dificuldade para relaxar, dificuldade para dormir ou insônia.

Comportamentos associados à Ansiedade

Sem dúvida, o comportamento de uma pessoa também pode ser afetado com a ansiedade.

Assim, pode haver dificuldade de concentração no trabalho e estudo ou ainda dificuldade em aproveitar o tempo de lazer. E isso devido às preocupações constantes.

Panorama da Ansiedade no Brasil

Segundo dados de 2019 da Organização Mundial da Saúde, o Brasil, infelizmente, apresenta o maior número de pessoas ansiosas do mundo.

Mas o que faz do Brasil o campeão em ansiedade?

Os fatores de risco para a ansiedade fornecem pistas que auxiliam no entendimento da situação brasileira.

Causas, fatores de risco e proteção

A hipótese mais amplamente aceita é a de que múltiplos fatores estejam envolvidos nas causas da ansiedade.

Entre eles, genéticos, da biologia cerebral e química, também psicológicos e ambientais.

Pesquisa científica realizada pela Universidade de Colúmbia, de autoria do professor do Departamento de Psiquiatria Carlos Blanco e colaboradores,  identificou alguns principais fatores de risco para a ansiedade

Eles podem ser melhor visualizados em três níveis: individuais, familiares e sociais.

Entre os fatores de risco para os transtornos de ansiedade, estão: história de experiências traumáticas, abuso sexual na infância e ambiente familiar conturbado.

Esta pesquisa foi realizada no contexto americano.

Contudo, entender melhor os fatores de risco para a ansiedade nos ajuda a compreender como o Brasil, infelizmente, chegou à primeira posição em ansiedade.

O contexto brasileiro de desigualdade social, pobreza e da convivência com a violência são hipóteses levantadas por alguns especialistas para explicar o posicionamento do Brasil como o país com a maior taxa de ansiedade do mundo.

A identificação dos fatores de risco é especialmente importante porque traz uma dimensão social do problema.

Assim, é possível compreender como políticas públicas amplas podem contribuir para a saúde mental da população. Entre elas, políticas de proteção da infância e adolescência e as políticas de proteção social de forma geral.

Os fatores de proteção para ansiedade são menos estudados na literatura científica. Assim, ainda não há conclusões definitivas a esse respeito.

No entanto, é sabido que o suporte familiar e social é protetivo para uma série de transtornos mentais e isso inclui os transtornos de ansiedade.

Tipos de Transtornos de Ansiedade

Conforme a situação, a ansiedade é uma reação natural e esperada, potencialmente para todas as pessoas. 

Na verdade, ela não é necessariamente um problema, mas, sem dúvida, requer atenção de acordo com as circunstâncias e a intensidade em que se apresenta.

Quando sentida mesmo na ausência de situações que provocam ansiedade ou ainda com intensidade desproporcional ao evento ou situação, então, pede maior atenção.

Adicionalmente, outro alerta é quando passa a interferir nas atividades do dia a dia.

Eventualmente, pode tomar uma proporção tão grande e, assim, passar a afetar as atividades cotidianas. A exemplo, os estudos ou trabalho, a vida social e familiar.

Nestes casos, considera-se a ansiedade patológica.

Quando patológica, a ansiedade é caracterizada por um estado persistente de alerta e sensação de ameaça que impacta a vida cotidiana de diversas formas.

Neste caso, o desconforto produzido pelos sintomas se intensifica. Em decorrência, a pessoa pode passar a evitar ou deixar de fazer atividades antes habituais.

Os transtornos de ansiedade diferem dos sentimentos normais de nervosismo ou ansiedade porque envolvem ansiedade excessiva e persistente.

No caso das pessoas com ansiedade severa, os sintomas são constantes e podem ser incapacitantes. Podem, inclusive, fazer com que a pessoa altere seu estilo de vida ou rotina para evitar situações que provocam a ansiedade.

Em casos graves, a pessoa pode, por exemplo, chegar a não conseguir mais sair de casa.

Popularmente, as pessoas que sofrem de ansiedade costumam se referir a ela de forma genérica. Contudo, existem diferentes tipos de transtorno de ansiedade.

Os mais comuns são: transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno de ansiedade social.

Cada um dos transtornos de ansiedade apresenta sintomas e características específicos.

A seguir, conheça um pouco mais sobre cada um deles.

Transtorno de Ansiedade Generalizada

O transtorno de ansiedade generalizada é caracterizado por uma preocupação excessiva e persistente que interfere nas atividades diárias.

É acompanhado ainda de sintomas como inquietação, sensação de nervosismo ou fadiga. Ainda, dificuldade de concentração, tensão muscular ou dificuldade para dormir. Eles comprometem o trabalho, os relacionamentos familiares e sociais ou causam sofrimento acentuado.

Normalmente, as preocupações giram em torno de questões  cotidianas. Por exemplo, responsabilidades no trabalho e saúde da família ou de questões rotineiras, como tarefas domésticas ou compromissos.

Transtorno de Pânico

O transtorno de pânico se caracteriza pela ocorrência espontânea e inesperada de ataques de pânico.

Eles são períodos relativamente breves, geralmente, de 5 a 30 minutos. Contudo, de intensa ansiedade com reações físicas, tais como palpitações e respiração acelerada.

Frequentemente, as pessoas com síndrome do pânico buscam os serviços de saúde de urgência e emergência em função dos desconfortos físicos, pois acreditam se tratar de problema cardíaco ou início de infarto.

A partir disso, é frequente que se inicie uma série de exames para descartar problemas físicos.

É comum, então, que, quando cheguem ao atendimento psicológico, já tenham consultado vários médicos e realizado uma série de exames.

O transtorno de pânico pode vir acompanhado de agorafobia. Ela é o medo de estar só em locais públicos, como supermercados, em que a saída seria dificultada em caso de um ataque de pânico.

Agorafobia

A agorafobia é o medo de estar em situações em que fugir pode ser difícil ou embaraçoso ou que a ajuda pode estar indisponível ou ser dificultada no caso de sintomas de pânico.

O transtorno de pânico pode vir acompanhado dela.

Neste caso, este medo é desproporcional à situação real vivida, persistente e traz dificuldades ao dia a dia da pessoa.

Ela pode ocorrer em transportes públicos, espaços abertos, locais fechados, em filas, no meio da multidão ou ainda quando só, fora de casa.

A tendência é que a pessoa com agorafobia passe a evitar ativamente estas situações, o que impacta seu cotidiano. Ainda, pode solicitar uma companhia ou persistir com medo intenso nestas situações.

O diagnóstico se relaciona com a presença de um medo intenso e constante, que interfere significativamente nas atividades diárias.

Quando não tratada, pode se agravar a ponto de a pessoa se sentir impedida de sair de casa.

É considerada uma das fobias mais incapacitantes porque impacta significativamente na capacidade de permanecer em situações fora de casa.

Transtorno Obsessivo-Compulsivo

O transtorno obsessivo-compulsivo inclui a obsessão e a compulsão.

A obsessão é um pensamento, sentimento ou ideia intrusiva ou ruminante. De modo simplificado, é um pensamento que se impõe, mesmo que não se queira pensar sobre ele, e que se repete.

Já a compulsão é um comportamento consciente e recorrente, que, no TOC, passa a ser vivenciado como rituais. A exemplo, contar azulejos ou objetos ao seu redor, lavar as mãos excessivamente, entre outros.

No transtorno obsessivo-compulsivo, os pensamentos obsessivos aumentam a ansiedade, enquanto a compulsão a diminui. Desta maneira, forma-se a relação entre a obsessão e a compulsão.

Por exemplo, uma pessoa com transtorno obsessivo-compulsivo pode ter pensamentos intrusivos e lavar as mãos excessivamente como forma de minimizar estes pensamentos.

Neste exemplo, o comportamento compulsivo pode resultar em danos físicos, como descamação e sangramento nas mãos. Isso devido ao excesso das lavagens.

A pessoa com o transtorno obsessivo-compulsivo percebe o caráter irracional dos pensamentos obsessivos. No entanto, não consegue se desprender deles ou das compulsões.

O TOC pode ser incapacitante porque as obsessões e as compulsões, como rituais de limpeza, por exemplo, podem consumir um tempo muito grande. Assim, há impacto negativo na rotina da pessoa, em seu trabalho, atividades sociais e relacionamentos.

Transtorno de Ansiedade Social

Fobia social

O transtorno de ansiedade social era anteriormente chamado de fobia social. Ele é caracterizado por ansiedade e desconforto significativos devido aos sentimentos de vergonha ou medo de passar por humilhação, rejeição ou menosprezo nas interações sociais.

Pessoas com transtorno de ansiedade social tendem a evitar situações sociais e de exposição. Podem também enfrentá-las, contudo, com grande ansiedade.

Exemplos comuns são o medo extremo de falar em público, conhecer novas pessoas ou comer ou beber em público. Em consequência, há dificuldades para a realização das atividades diárias e interferência na vida pessoal, social e no trabalho.

Em função do desconforto acentuado sentido nas interações sociais, pessoas com transtorno de ansiedade social podem restringir o contato social de forma excessiva.

Isso tende, então, a produzir restrição quanto aos relacionamentos sociais, de amizade ou amorosos.

Transtorno de Ansiedade de Separação

O transtorno de ansiedade de separação é descrito por medo, preocupação ou angústia excessivos com a separação daqueles com quem a pessoa está ligada.

Esta avaliação considera a desproporção do sentimento em relação  à idade da pessoa e seu nível de desenvolvimento. Também, sua persistência e ainda os problemas causados por ele na vida cotidiana desta pessoa.

Uma pessoa com transtorno de ansiedade de separação pode estar permanentemente preocupada em perder as pessoas próximas a ela.

Pode também ser relutante ou se recusar a sair de casa ou a dormir longe da pessoa com quem está vinculada. Pesadelos com a separação também podem estar presentes.

Fobias específicas

Uma fobia específica é o medo excessivo e persistente de algo que geralmente não é prejudicial. Pode ser um objeto, uma situação ou atividade.

A pessoa comumente tem consciência de que o medo é excessivo, mas não consegue superá-lo.

As situações ou objetos podem causar tanta angústia que algumas pessoas se esforçam ao máximo para evitá-los.

Entre as fobias específicas, estão, por exemplo, o medo de andar de avião e o medo de insetos.

Diagnóstico para os Transtornos de Ansiedade

O diagnóstico dos transtornos de ansiedade é comumente feito por psicólogo, clínico-geral ou psiquiatra.

Em geral, para o diagnóstico de um transtorno de ansiedade, dois critérios são fundamentais:

  • Ansiedade desproporcional à situação ou idade inadequada para esta reação e
  • Impedimento em sua capacidade de desempenhar suas atividades cotidianas adequadamente

O diagnóstico deve ser feito de forma cuidadosa e criteriosa.

Os sintomas, sua intensidade e persistência são avaliados não separadamente, mas de forma integrada.

O diagnóstico diferencial é muito importante. Ele delineia, a partir dos sinais e sintomas apresentados, a distinção entre os diferentes transtornos de ansiedade. Assim, possibilita um diagnóstico mais preciso.

É fundamental dizer que o diagnóstico não deve ser um “rótulo” ou uma “etiqueta” para classificar as pessoas.

Não se trata de reduzir as pessoas ao seu adoecimento emocional.

Na prática clínica, vemos também pessoas se autorrotularem e referirem a si mesmas a partir de seus diagnósticos. Infelizmente, isso dá pouca abertura a mudanças.

Na verdade, o diagnóstico serve para identificar a situação em um período específico de tempo e ajudar no delineamento do tratamento.

Contudo, ele não deve definir as pessoas. Afinal, elas estão sempre sujeitas a mudanças em todo seu processo de desenvolvimento ao longo da vida.

Como Tratar a Ansiedade

De acordo com a American Psychiatric Association (APA), os transtornos de ansiedade são os transtornos mentais mais comuns e afetam 30% dos adultos em algum momento de suas vidas.

Entretanto, felizmente, eles têm tratamento e costumam ser eficazes. Assim, ajudam a maioria das pessoas a terem uma vida mais saudável.

O tratamento para ansiedade é feito através de 3 principais formas: a psicoterapia, o tratamento medicamentoso, para casos específicos, e o tratamento combinado, que envolve a psicoterapia e a medicação.

Além disso, como recurso terapêutico adicional, existem as práticas integrativas e complementares.

Segundo o Ministério da Saúde, as práticas integrativas e complementares (PICS) são recursos terapêuticos que visam à prevenção de doenças e a recuperação da saúde. Sua ênfase está na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.

Podem ser usados na prevenção de diversas doenças ou como tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas.

Entre elas, está, por exemplo, o Yoga.

Ele passou a integrar, a partir da Portaria Ministerial GM nº 849, de 27 de março de 2017, o rol de novas práticas institucionalizadas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS.

Resultado de estudo realizado por Vorkapic e Rangé (2011) sobre investigações clínicas relacionando ansiedade e yoga sugere que esta seja uma intervenção de confiança, bem-sucedida e com boa relação custo-benefício no tratamento dos transtornos de ansiedade, especialmente quando utilizado de maneira complementar à psicoterapia.

É bom lembrar que, como sugere a denominação, as PICs (Práticas Integrativas e Complementares) são complementares ao tratamento e de forma alguma o substitui.

Como Controlar a Ansiedade

A maioria das pessoas experimenta ansiedade de forma leve e moderada.

Então, a adoção de algumas estratégias auxiliam em seu controle e gerenciamento.

Nos casos mais severos de ansiedade, orienta-se pela busca do tratamento especializado, que envolve psicoterapia e, em alguns casos, também o uso de medicamentos.

Contudo, as estratégias de controle de ansiedade podem, também nestes casos, ser importantes coadjuvantes no tratamento.

Estratégias para Controlar a Ansiedade

Conversa

As orientações são expandidas daquelas produzidas pelo United Kingdom National Health Service:

  • Peça ajuda: tente falar sobre seus sentimentos e preocupações com um amigo ou familiar de confiança ou ainda profissional de saúde
  • Acione sua rede de apoio: considere o apoio de grupos de ajuda. Neles, as pessoas usam suas experiências para auxiliar umas às outras. Quando conversamos e trocamos ideias, fica mais fácil pensar em diferentes possibilidades para uma situação. Além disso, costuma ser positivo contar com a experiência de pessoas que já passaram por situações semelhantes.
Exercício físico caminhada
  • Pratique exercícios físicos: inclua atividades físicas de sua preferência em sua rotina. Caminhada, natação e yoga podem ajudar a relaxar. Priorize atividades físicas ao ar livre ou em contato com a natureza, se possível. Tente aproveitar estes momentos para se desconectar das preocupações do trabalho, estudo ou rotinas domésticas.
yoga
  • Use exercícios de respiração: eles auxiliam no relaxamento e na regularização dos batimentos cardíacos acelerados em decorrência da ansiedade.
  • Melhore suas noites de sono com rotinas regulares para dormir e atividades de preparação para o sono.
  • Adote uma dieta saudável com refeições regulares para manter seus níveis de energia estáveis.
  • Desconecte-se: reserve um tempo para se desconectar da internet, smartphones, aplicativos e redes sociais. Sobretudo, à noite, uma ou duas horas antes de dormir.

Não recomendado

  • Evite fazer tudo de uma só vez: ao contrário, defina atividades e ações menores. Sem dúvida, é mais viável e realista.
  • Não pense que está sozinho nesta situação: lembre-se de que há outras pessoas com quem pode contar, além dos serviços públicos de saúde e, conforme o caso, também de assistência social.
  • Evite café, álcool e drogas: eles podem ter um efeito tranquilizador momentâneo, mas contribuir para problemas de saúde mental. Então, tente evitá-los e adote estratégias mais saudáveis.

Não basta controlar a ansiedade

Numa perspectiva crítica em Psicologia, a ideia não é apenas atuar no sentido do controle e redução da ansiedade.

É importante compreender em que contexto mais amplo ela se expressa e o que a ansiedade diz frente à realidade vivida.

Desta forma, é preciso escutar e acolher a pessoa e perceber a ansiedade como expressão de um sofrimento emocional.

Sobretudo, é importante que a pessoa se expresse para além da ansiedade e não seja reduzida a ela.

Numa perspectiva crítica, não se trata de atuar no “ajustamento” dos sujeitos, para que, apenas controlando a ansiedade, sigam ainda no limite do sofrimento.

E sim, a partir da escuta das pessoas em sua integralidade e singularidade, favorecer a tomada de consciência das das questões envolvidas neste sofrimento, em um cenário mais amplo.

Ainda, na psicoterapia voltada para a ansiedade, atua-se, colaborativamente, para que novos sentidos possam ser produzidos frente às situações vividas, com uma compreensão integral do contexto vivenciado pela pessoa.

Além disso, para que estratégias mais saudáveis diante das situações também possam ser elaboradas a partir da realidade e das potencialidades de cada pessoa.

Sempre que notar que a ansiedade está produzindo sofrimento, não hesite em procurar ajudar profissional.


Lara perfilOlá! Meu nome é Lara Dias, sou psicóloga (CRP 12/12269) desde 2002. Meu compromisso é oferecer atendimentos psicológicos de forma humanizada, acolhedora e ética. Que tal agendar uma primeira consulta?


Referências adicionais:

American Psychological Association

Kaplan & Sadock. Compêndio de Psiquiatria.

 

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